segunda-feira, 20 de maio de 2013

A Romanização

Os Romanos iniciaram a invasão da Península Ibérica (a que chamavam "Hispânia") em 218 a. C, durante a Segunda Guerra Púnica contra Cartago. Aí anexaram inicialmente duas regiões como províncias, a Hispânia Citerior (nordeste) e a Hispânia Ulterior (sudoeste) A mineração foi o primeiro factor de interesse na região: um dos objectivos estratégicos de Roma era cortar a ligação de Cartago com as minas hispânicas de cobre, estanho, ouro e prata.
No fim do século I a.C. foi criada a província da Lusitânia, que correspondia a grande parte do actual Portugal a sul do rio Douro e à estremadura espanhola, com capital em Emerita Augusta (Mérida). Os romanos exploraram com intensidade minas como Aljustrel (Vipasca) e São Domingos, na Faixa Piritosa Ibérica que se estende até Sevilha. 
Enquanto o sul foi ocupado com relativa facilidade, a anexação do norte só se deu muito depois, em parte devido à resistência dos povos nativos. Povos célticos, como os lusitanos liderados por Viriato nos Montes Hermínios (Serra da Estrela), conseguiram conter a expansão romana durante anos.  Perito em tácticas de guerrilha, Viriato travou uma guerra incansável contra os invasores, derrotando sucessivamente vários generais romanos, até ser morto à traição em 140 a.C.. A conquista total da península ibérica ocorreu dois séculos após a chegada, quando os romanos venceram as guerras cantábricas, no tempo do imperador Augusto (19 a.C.) . Em 74 D.C. Vespasiano concedeu o "direito latino" (equiparação aos municípios da Itália) a grande parte dos municípios da Lusitânia. Em 212 d.C. a Constituição Antonina atribuiu a cidadania romana a todos os súbditos (livres) do império e, no fim do século, o imperador Diocleciano fundou a Galécia, que integrava o norte do actual Portugal, a Galiza e as Astúrias, últimos territórios conquistados.
economia da Hispânia teve uma enorme expansão. Além da mineração, os romanos desenvolveram a agricultura naquelas que eram algumas das melhores terras agrícolas do império. No actual Alentejo cultivaram vinha e cereais, e no litoral desenvolveram a indústria pesqueira para fabricação de garum- no litoral algarvio, em Lisboa , na Póvoa de Varzim, em Matosinhos e em Tróia - que exportavam pelas rotas comerciais romanas para todo o império. As transações comerciais eram facilitadas pela cunhagem de moeda e pela construção de uma extensa rede viáriaaquedutos e pontes, como a de Trajano em Aquae Flaviae (actual Chaves). Os romanos fundaram numerosas cidades- como Olisipo (Lisboa), Bracara Augusta (Braga), Aeminium (Coimbra), Pax Julia (Beja) - e deixaram um importante legado cultural naquilo que é hoje Portugal: o latim Vulgar tornou-se o idioma dominante da região , base da língua portuguesa, e a partir do século III o cristianismo difundiu-se em toda a Hispânia.


.
História de Portugal


história de Portugal como nação europeia remonta à Baixa Idade Média, quando o condado Portucalense se autonomizou do reino de Leão. Contudo a história da presença humana no território correspondente a Portugal começou muito antes. A pré-história regista os primeiros hominídeos há cerca de 500 mil de anos. Em 29 a. C  o território era habitado por vários povos, quando entrou no domínio da história escrita com a invasão romana da península Ibérica. A romanização deixou marcas duradouras na língua, na lei e na religião. Com o declínio do Império Romano foi ocupado por povos germânicos e depois por árabes, enquanto os cristãos se recolhiam a norte, nas Astúrias.
Em 1139, durante a reconquista cristã, foi fundado o reino de Portugal a partir do condado Portucalense, nascido entre os rios Minho e Douro. A estabilização das suas fronteiras em 1249 tornou Portugal o primeiro estado-nação europeu.1 Como pioneiro da exploração marítima na era dos descobrimentos, o reino de Portugal expandiu os seus territórios entre os séculos XV e XVI, estabelecendo o primeiro império global da história, com possessões em África, na América do Sul, na Ásia e na Oceania. Em 1580 uma crise de sucessão resultou na União Ibérica com Espanha. Sem autonomia para defender as suas posses ultramarinas face à ofensiva holandesa, o reino perdeu muita da sua riqueza e status. Em 1640 foi restaurada a independência sob a nova dinastia de Bragança. O terramoto de 1755 em Lisboa, as invasões espanhola e francesas, resultaram na instabilidade política e económica. Em 1820 uma revolta fez aprovar a primeira constituição portuguesa, iniciando a monarquia constitucional que enfrentou a perda da maior colónia, o Brasil e, no fim do século, a perda de estatuto de Portugal na chamada partilha de África.
Uma revolução em 1910 depôs a monarquia, mas a primeira república portuguesa não conseguiu liquidar os problemas de um país imerso em conflito social, corrupção e confrontos com a Igreja. Um golpe de estado em 1926 deu lugar a uma ditadura. A partir de 1961 esta travou uma guerra colonial que se prolongou até 1974, quando uma revolta militar impôs a democracia. No ano seguinte, Portugal declarou a independência de todas as suas posses na África e, após um conturbado período revolucionário, entrou no caminho da democracia parlamentar. A partir de 1986 reforçou a modernização e a inserção no espaço europeu com a adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE).



A Evolução Humana

evolução humana, ou antropogénese, é a origem e a evolução do Homo Sapiens como espécie distinta de outros hominídeos, dos grandes macacos e mamíferos placentários. O estudo da evolução humana engloba muitas disciplinas científicas, incluindo a antropologia físicaprimatologia, a arqueologialinguística e genética.
O termo "humano" no contexto da evolução humana, refere-se ao género Homo, mas os estudos da evolução humana usualmente incluem outros hominídeos, como os australopitecos. O género Homo se afastou dos Australopitecos entre 2,3 e 2,4 milhões de anos na África.Os cientistas estimam que os seres humanos ramificaram-se de seu ancestral comum com os chimpanzés - o único outro hominins vivo - entre 5 e 7 milhões anos atrás. Diversas espécies de Homo evoluíram e agora estão extintas. Estas incluem o Homo Erectus, que habitou a Ásia, e o Homo neanderthalensis, que habitou a Europa. O Homo sapiens arcaico evoluiu entre 400.000 e 250.000 anos atrás.
A opinião dominante entre os cientistas sobre a origem dos humanos anatomicamente modernos é a "Hipótese da origem única", que argumenta que o Homo Sapiens surgiu na África e migrou para fora do continente em torno 50-100,000 anos atrás, substituindo as populações de Homo erectus na Ásia e de H. neanderthalensis na Europa. Já os cientistas que apoiam a "Hipótese multirregional" argumentam que o Homo sapiens evoluiu em regiões geograficamente separadas.



A Arte Pré-Histórica

Há cerca de 35 mil anos a. C. surgiu a arte paleolítica na Europa. Há 25 mil anos (sempre antes de Cristo), surgiram as figurinhas de Vénus. Há 21 mil as pinturas rupestres em Altamira e Lascaux, mais pequenas esculturas. A Vénus de Willendorf considera-se um símbolo da fertilidade, tem 11 cm de altura e é de há 24 mil - 22 mil anos a. C..
Apesar de convencionar-se a consolidação da religião no período Neolítico, a arqueologia regista que no Paleolítico houve uma religião primitiva baseada no culto a uma Deusa mãe, ao feminino e a associação desta ao poder de dar a vida. Foram descobertas, no abrigo de rochas Cro-Magnon em Lés Eyzies, conchas curais  descritas como "o portal por onde uma criança vem ao mundo" e cobertas por um pigmento de cor ocre vermelho, que simbolizava o sangue, e que estavam intimamente ligados ao ritual de adoração às estatuetas femininas; escavações apresentaram que estas estatuetas, as chamadas Vénus neolíticas eram encontradas muitas vezes numa posição central, em oposição aos símbolos masculinos localizados em posições periféricas ou ladeando as estatuetas femininas.




A Pré História

Pré-história corresponde ao período da história que antecede a invenção da escrita, evento que marca o começo dos tempos históricos registados, e que ocorreu aproximadamente em 3500 a.C. É estudada pela antropologiaarqueologia e panteologia.
Também pode ser contextualizada para um determinado povo ou nação como o período da história desse povo ou nação sobre o qual não há documentos escritos. Assim, no Egito, a pré-história terminou aproximadamente em 3500 a. C., embora algumas culturas da Idade da Pedra tenham coexistido com as civilizações após essa data e algumas tribos agrafas ainda existam em locais remotos.
A transição para a "história propriamente dita" se dá por um período chamado proto-história, que é descrito em documentos ligeiramente posteriores ou em documentos externos. O termo pré-história mostra, portanto, a importância da escrita para a civilização ocidental.
Uma vez que não há documentos deste momento da evolução humana, seu estudo depende do trabalho de arqueólogosantropólogospaleontologia e genética ou de outras áreas científicas, que analisam restos humanos, sinais de suas presenças e utensílios preservados para tentar traçar, pelo menos parcialmente, sua cultura e costumes.